É que o ano novo chegou assim, atropelando tudo, sem que eu estivesse preparada. Talvez porque eu tenha passado todo o segundo semestre num universo paralelo, enfiada no interior da Bahia, vivendo uma vida que não era bem a minha (era sim, mas nem tanto). Talvez porque não tenha dado o tempo necessário pra despressurizar, voltar pra terra e aclimatar. Talvez porque eu não tenha visto algumas estações do ano, e tenha acabado voltando pra minha casa, sem entender tanto que era minha.
E veio neve, ski, e grandes lagos congelados. Depois veio mais viagem, parques, praias e trilhas. E Los Angeles com seu trânsito louco de freeways embaralhadas. E Las Vegas e suas construções megalomaníacas, cirque du soleil com bailarinos, acrobatas e nadadores. Tudo muito eclético, mas regado a amor de mãe e irmão. Tão em casa e tão sem casa fixa. E enfim San Francisco, apresentar essa cidade encantadora, seus cantinhos, tudo que eu conheço tão bem, praqueles que me conhecem tão bem. Veio despedida, e essa foi dura.
Foi preciso o novo presidente chegar, começarem as aulas, ir ao cinema com o Vitor, jantar com a Vitoria, tomar drinks com a Gi e com Celia, ir na festinha na casa da Márcia, e principalmente o gatinho voltar do México (será que agora a gente consegue ficar um tempinho na mesma cidade, juntinhos?); pra o ano começar direito.
2008 foi um ano difícil, mas muito bom. Um ano de enfrentar monstros, que no fim não eram tão monstruosos assim. Cheio de conhecimento, de desafios e criatividade. Um ano tão diferente que foi difícil desapegar.
E agora vem mais um, o tal 2009.
Feliz ano novo :-), acho que vou usar branco amanhã, pra comemorar.