domingo, 16 de maio de 2010

coisa de menina



Quando o assunto é vaidade, sou meio menina-menino.
Nunca me maqueio e às vezes como as unhas. Sempre mantive longe o secador de cabelo e não tenho ferro de passar. Acho uma loucura colocar um salto e ficar subindo morro feito doida o dia todo; vivo de tênis. Uso o mesmo par de brincos há 15 anos, eu sei, é uma vergonha. Troco o anel quando perco o velho. Tenho um armário transbordando, onde minhas saias e vestidos se perdem, e acabo sempre usando a mesma jaqueta surrada. E confesso que no dia a dia acho que prefiro muito mais o conforto à vaidade.

Afe, era muito mais fácil ser uma menina-menino-bonita aos 20. Na nova década tá ficando cada vez mais difícil. Tenho sentido mais vontade de ser mocinha. Mas é fogo manter em dia a depilação, a sombrancelha, as mãos e os pés por aqui. Ando me esforçando bastante. Tenho amigas que fazem as unhas em 3 minutos, até francesinha fazem em casa. Como não possuo essas aptidões manuais at all, fico colhendo dicas desssas mesmas amigas pra facilitar a vida na terra-sem-manicure.

Pensando nas pessoas como eu, que passam um perrengue pra se manterem mocinhas, resolvi dividir minha "extensa" pesquisa. Pronto, aí vai!

- Pago um pouco mais por um esmalte bom. Vale a pena.
- Dou preferência aos esmaltes mais grossos. Sally Hansen tem uma coleção "hard as wraps" que é muito mais fácil de pintar. (E hoje descobri a "complete salon manicure", da mesma marca, com pincel retangular - um escândalo!)
- Pinto as unhas sobre a mesa, com a mão a ser pintada apoiada na pontinha. Muda tudo.
- Pinto, espero 10 minutos (não meia hora) e tomo um banho. As sobrinhas vão todas embora no chuveiro.
- Abuso das tecnologias como caneta-corretiva-pra-limpar-os-cantinhos, pra tirar o que insistiu em ficar depois do banho.
- Sempre uso óleo secante, sou absolutamente estabanada.
- Um bom extra-brilho brasileiro conserta quase tudo nessa vida.

E, o mais importante, desisti de comparar o meu "serviço" com o daquelas manicures brasileiras (especialmente as de BH). Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O dito e o feito

Eu queria uma horta, mas faltava o jardim.
Queria correr todo dia de manhã, mas me faltavam os ligamentos.
Queria levantar mais cedo, mas não tinha como desgrudar do seu corpo.
Queria escrever mais, mas faltava coragem de olhar no espelho.

Daí, um dia, acordei, e descobri.

Descobri que metáfora não precisa ser escrita na literatura. Que a gente pode usar na vida. Que, por ser metáfora, precisa ser interpretado de uma forma ou de outra. E que, muitas vezes, as minhas próprias mãos podem fazer. Pode não sair aquilo que eu tanto sonhava, mas fui eu que fiz.

E descobri que, já que falei, acho bom fazer.