quarta-feira, 12 de maio de 2010

O dito e o feito

Eu queria uma horta, mas faltava o jardim.
Queria correr todo dia de manhã, mas me faltavam os ligamentos.
Queria levantar mais cedo, mas não tinha como desgrudar do seu corpo.
Queria escrever mais, mas faltava coragem de olhar no espelho.

Daí, um dia, acordei, e descobri.

Descobri que metáfora não precisa ser escrita na literatura. Que a gente pode usar na vida. Que, por ser metáfora, precisa ser interpretado de uma forma ou de outra. E que, muitas vezes, as minhas próprias mãos podem fazer. Pode não sair aquilo que eu tanto sonhava, mas fui eu que fiz.

E descobri que, já que falei, acho bom fazer.




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