terça-feira, 7 de setembro de 2010

Welcome to America

Minha mãe estava achando um absurdo eu viajar com a mala sem cadeado, e fez questão de comprar ela mesma um cadeado novinho no aeroporto de Vitória.
O pobre cadeado teve vida curtíssima. Minha malinha desceu na esteira de San Francisco aberta, toda revirada, sem o cadeado, que deve ter sido todo martelado pela fofura do TSA (Transportation Security Administration).
Como não é a primeira vez que isso me acontece, fui reclamar na companhia aérea. Perdi 15 minutos na fila, somente para para ouvir moça da Continental me dizer, que isso era normal e que o TSA tem o direito de abrir e mexer o quanto quiser.
Fico me perguntando porque, quando é no secutiry check point dos aeroportos, na frente de todo mudo, eles fazem a maior cerimônia e solicitam tão educadamente sua presença para abrir sua bolsa, ou porque existe aquela partezinha de checagem especial na alfandega, a famosa salinha. Pergunto porque todo esse teatro, se no momento em que você despacha seus pertences eles ficam totalmente vulneráveis, à disposição do governo americano, pra eles fazerem o que bem quiserem.
Quando questionei se isto não era uma invasão de privacidade (pois sei lá quem anda mexendo nas minhas calcinhas), ouvi a resposta pronta e mal humorada da funiconária: it's for your own safety.
Tá, eu até entendo os caras, mas pôxa vida... Sinto que todos somos culpados de tudo, até que se prove o contrário. Principalmente os imigrantes.


Estou on the road há 30 horas. Depois de dormir acalmo de novo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Everyone of us is all we need.

Sempre fui uma pessoa meio apegada ao passado. Eu sei, os livros de auto-ajuda devem estar revoltados nas prateleiras nesse momento. Mas sou assim mesmo, preciso confessar.
Ultimamente mais ainda, andava sentindo muita falta e saudade da vida que deixei para trás, dos amigos de sempre, da família.
Vir ao Brasil é como reviver um pouquinho dessa vida passada, e mais ainda, lembrar que ela não ficou pra trás, ainda existe, talvez um pouco diferente, mas ainda é presente.
Uma coisa gostosa, essa sensação de passado no presente, de passado que não passou e que vale a pena não deixar passar. Essa sensação de presente completo, pois morando lá longe me parece que sempre falta alguma coisa.

A frase da viagem, as cheesy as it is, fica guardada, cantada bem alto, envolta em abraços queridos: everyone of us, has all we need. Me atrevo ainda, a trocar o has por um is.
Amo cada um de vocês, tanto que nem sei.