Acho que hoje a minha irmã se encontrou com um velho amigo meu, lá em Paris. O moço chamado Anonimato. Eu o conheci logo que me mudei para São Paulo, e ele é um dos responsáveis por eu ter me apaixonado tanto por aquela cidade. Esse trecho do e mail da minha irmã descreve bem essa louca sensação de anonimato, às vezes tão leve e livre, porém muitas vezes tão forte e dura.
"sai com amigas hoje.
e na volta me senti livre como um passaro
simplesmente porque entrei no metro e cantei
cantei cantei cantei
e na volta me senti livre como um passaro
simplesmente porque entrei no metro e cantei
cantei cantei cantei
meu velho canto desafinado
minha musica brasileira
minha musica brasileira
cantei minha terra natal tao saudosa
eu sozinha e tao eu
e tao certa de que Paris nao se importava comigo
como eu nao me importava com o que Paris pensava de mim"
eu sozinha e tao eu
e tao certa de que Paris nao se importava comigo
como eu nao me importava com o que Paris pensava de mim"
Provavelmente quem cresceu em uma cidade cosmopolita nunca vá entender, pois já nasceu assim. Mas a gente é mineirinha, parte integrante e orgulhosa de um povo-todo-junto, uma família-toda-junta, uma cidade cheia de gente com nome-e-sobrenome. A gente entende.
PS: A foto é a última olhada que dei pela janela, no já vazio e tão amado apê da Francisco Leitão... Morro de saudades!