sábado, 11 de dezembro de 2010

3 anos, em 1000 fotos, em 2 minutos

No final de Novembro de 2007 a gente desceu do avião com olhos curiosos, 4 malas e um monte de expectativas. Um começo de vida a dois, um novo país, uma cidade completamanete desconhecida.
Acho muito legal poder olhar para trás e ver como cada esquina se tornou familiar, como hoje temos lojas e resturantes prediletos, uma praça preferida (pra cada um), uma vida a dois com seu próprio ritmo, uma casa com a nossa cara, ainda que sempre temporária, e mais alguns amigos queridos que queremos guardar para toda a vida.

Delícia.



My Pummelvision from Vimeo.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Em 28.06.09, voltando da balada.



E, de repente, era Carnaval.
Definitivamente não por causa das marchinhas, que foram substituídas por um "tunti-tunti" de quinta.
Definitivamente não porque todo mundo foi às ruas fantasiado (ou despido) do que quizesse, porque aqui em San Francisco, fashion, fantasia e nudez moram praticamente no mesmo patamar.

Mas era Carnaval, assim, no ar. Aquela sensação de alegria, de extravazar, de todo mundo bem de bem com a vida. Aquele tempo onde tudo pode: porque é Carnaval. Ou no caso deste dia, porque era fim de semana de Pride.

Foi-se o tempo que Pride era pra homossexuais. A festa no bairro do Castro é pra todo mundo. Gostoso de ver. Cheio daqueles americanos pseudo-liberais, membros de uma sociedade que se ocupa tanto em pregar sua 'incrível liberdade de expressão', que acaba esquecendo de olhar pra dentro e ver o quão repressores e reprimidos são (muitos de) seus integrantes. Todos eles lá, bem "pinks".

Música para ver

Os highlights da semana.

Terça-feira


Mutantes. Sem Arnaldo. Mas com aniversário de 60 anos de Sérgio. Bem de pertinho.

Sexta-feira



Roger Waters. The wall do começo ao fim. De longe, mas nunca tão perto, já que era num estádio de basquete. Sem comentários.

Tudo isso, em muito boa companhia. Oba!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Thanksgiving

Terça-feira, 23 de Novembro.
"Gata, o Shane tá sugerindo da gente fazer um thanksgiving junto. O que vc acha?" Acho ótimo. A Sedra, mulher do Shane vai ajudar a cozinhar, faremos todos os pratos tradicionais de thanksgiving. Seremos 6 pessoas, lá em casa. Moleza.

Quarta-feira, 24 de Novembro.
Saio cedo para filmar a última diária do filme, segunda unidade.
14:00hs, por telefone: "Gata, vem também 2 amigas da Marina, será que a gente convida o Tavish e a Celia?" OK.  10 pessoas. Acho que rola.
19:00hs, ao vivo. "Convidei também o Rafael." OK. 11 pessoas. Vamos lá. (aqui vale comentar que possuo 12 pratos e 11 jogos de talher - descombinados)

Quinta-feira, 25 de Novembro. Thanksgiving Day.
10:00hs. O Antônio também vem. E a Celia vai trazer a mãe e a irmã que chegam da França hoje. OK. 14 pessoas. Ligo pros amigos, peço prato e talher emprestado. Nada mais combina, mas a esse ponto, who cares?
11:00hs. Vamos pro supermercado. Mais parece a 25 de março em véspera de Natal. Só tem peru congelado. Me acotovelando pra cima e pra baixo, acho um descongelado, ufa! Consulto a lista. Mil text messages com a Sedra. Lista de novo. Não tem creme de leite. Supermercado 2, acho o creme de leite. Mais umas outras coisinhas. Mais text messages.
14:00hs. Sedra, Shane a filha e a irmã da Sedra (oops, 15 pessoas) chegam para ajudar a cozinhar. Precisa de mais vagem, velas e batatas. O menino vai pro supermercado, a "equipe de cozinha" começa a ralar. Não temos panelas suficientes e as minhas são muito pequenas. "Divide tudo em etapas", "pede pra Celia trazer panelas."
15:00hs. O Rafael vai trazer a Regina. Vem também o Tiririca. OK. 17 pessoas, mas já não to mais nem aí pra conta. "Antônio, traz mais 2 pratos por favor." E cozinha, cozinha. 6 pessoas onde cabem 2. Já posso começar a beber um vinhozinho, né?
17:00hs. O Rafael não vem mais. Nem a Regina. Já não faz a mínima diferença. Mesa posta, tudo encaminhado, quase tudo pronto. Vou tomar meu banho e vestir um vestido bonito, pois a festa começa as 6.
18:00hs. O povo começa a chegar. 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15. Appetizers. E o peru, já tá bom? Termômetro. Não. Deixa dourar mais um pouquinho. Tira a batata do forno um pouco pra conseguir assar o cogumelo recheado.
19:30hs. Lava os potinhos dos aperitivos pra servir a comida. Tira o peru, prepara o gravy. Bota a batata de novo pra esquentar. Faz a salada.
20:00hs.  Jantar servido. O peru não queimou, nem estava cru. Tudo lindo. Ufa!

E nessa hora, descubro que o tradicional Thanksgiving dinner acontece, na verdade, na hora do almoço. :-)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mini-mobility



Depois de 3 anos abusando do transporte público, e adorando não ter carro, demos o braço a torcer.
San Francisco é rodeada por lugares incríveis, e chegamos à conclusão que estávamos aproveitando pouco.   Dentro da cidade, no dia a dia, continua sendo mais fácil se movimentar de ônibus, metrô, cable car, trem, já que estacionamento em SF é uma tragédia. Mas... a idéia de poder acordar e decidir passar o dia em Napa, ou em Mont Tamalpais, não ter preguiça de sair pra jantar num bairro distante, essa coisa de fazer o que der na telha falou mais alto.
Ainda estou meio desnorteada com a tal mobilidade do carrinho: hoje fiquei impressionada com a quantidade de coisas que consegui resolver em uma manhã e comprei o supermercado inteiro porque não precisava carregar morro acima. Também ainda estou achando confuso dirigir por aqui: os caminhos ainda são obscuros (as ruas tem mão única, acredita?), os pedestres e as bicicletas tem preferência, tem stop sign em cada esquina, pode virar à direita no farol vermelho, etc.
Fora essas pequenas barbeiragens de recém motorizada, estou completamente in love com o mini fofolito (e seu moon roof). Lindo. Eba!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

It's a wrap!

Estou voltando à vida social. Vou voltando aos poucos, bem mineirinha...
Uma amiga uma vez me disse que nunca me viu trabalhar sem sofrimento. Ela tem toda razão. Meu trabalho tem sempre um nível (alto) de sofrimento, stress, intensidade.
A pressão é tão grande e maluca, que o fim de um longa sempre me deixa meio desestruturada. Como se tivessem mexido nos cálculos da gravidade. Sempre preciso de uns dias para despressurizar, entender onde estou e aprender a vida de novo.


ps: o plano de filmagem vingou, lindamente, por mais que todos (inclusive eu) às vezes duvidassem. Ufa!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Não pode...

...trabalhar com cinema e querer ter blog.
Volto já. 16 de Novembro, se esse plano de filmagem vingar.
Fingers crossed!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Welcome to America

Minha mãe estava achando um absurdo eu viajar com a mala sem cadeado, e fez questão de comprar ela mesma um cadeado novinho no aeroporto de Vitória.
O pobre cadeado teve vida curtíssima. Minha malinha desceu na esteira de San Francisco aberta, toda revirada, sem o cadeado, que deve ter sido todo martelado pela fofura do TSA (Transportation Security Administration).
Como não é a primeira vez que isso me acontece, fui reclamar na companhia aérea. Perdi 15 minutos na fila, somente para para ouvir moça da Continental me dizer, que isso era normal e que o TSA tem o direito de abrir e mexer o quanto quiser.
Fico me perguntando porque, quando é no secutiry check point dos aeroportos, na frente de todo mudo, eles fazem a maior cerimônia e solicitam tão educadamente sua presença para abrir sua bolsa, ou porque existe aquela partezinha de checagem especial na alfandega, a famosa salinha. Pergunto porque todo esse teatro, se no momento em que você despacha seus pertences eles ficam totalmente vulneráveis, à disposição do governo americano, pra eles fazerem o que bem quiserem.
Quando questionei se isto não era uma invasão de privacidade (pois sei lá quem anda mexendo nas minhas calcinhas), ouvi a resposta pronta e mal humorada da funiconária: it's for your own safety.
Tá, eu até entendo os caras, mas pôxa vida... Sinto que todos somos culpados de tudo, até que se prove o contrário. Principalmente os imigrantes.


Estou on the road há 30 horas. Depois de dormir acalmo de novo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Everyone of us is all we need.

Sempre fui uma pessoa meio apegada ao passado. Eu sei, os livros de auto-ajuda devem estar revoltados nas prateleiras nesse momento. Mas sou assim mesmo, preciso confessar.
Ultimamente mais ainda, andava sentindo muita falta e saudade da vida que deixei para trás, dos amigos de sempre, da família.
Vir ao Brasil é como reviver um pouquinho dessa vida passada, e mais ainda, lembrar que ela não ficou pra trás, ainda existe, talvez um pouco diferente, mas ainda é presente.
Uma coisa gostosa, essa sensação de passado no presente, de passado que não passou e que vale a pena não deixar passar. Essa sensação de presente completo, pois morando lá longe me parece que sempre falta alguma coisa.

A frase da viagem, as cheesy as it is, fica guardada, cantada bem alto, envolta em abraços queridos: everyone of us, has all we need. Me atrevo ainda, a trocar o has por um is.
Amo cada um de vocês, tanto que nem sei.

terça-feira, 13 de julho de 2010

mantra


Chaplin. Resnais. Wilder. Kubrick. Bergman. 
Polanski. Kurosawa. Hitchcock. Godard.

Auteurismo. Linguística. Genre. Stars.

Foucault. Adorno. Bordieu. MacDonald. Bazin. 
Nichols. Rivette. Wright. Neale. Tudor. Cook. 


Dor de cabeça. Neosaldina. Fotossíntese.


Godard. Hitchcock. Kurosawa. Polanski.
...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

(drawing by June, a talented friend of a friend)

Outro dia (faz tempo) vi uma matéria sobre Jupiter. "Astrônomo captou impacto de um objeto errante no planeta". Fiquei imaginando o moço lá, olhando o planeta toda noite, a noite toda, naquele sótão com teto de vidro e vários telescópios incríveis, gravando tudo com aquela mini camera dentro do telescópio incrível, fazendo calculos malucos envolvendo física e aquele tal do ano-luz, e sonhando com o momento em que algum objeto errante fosse bater por ali.


Fiquei pensando se esse astrônomo da minha cabecinha não é exatamente uma mera metáfora daquele nosso lado (humano) passivo. Aquele que espera que a segunda feira chegue, que espera que algo externo a ele mesmo venha e mude tudo. 


Mas que na verdade não tem a mínina idéia de como reagirá quando (e se) tudo mudar. 




ps: eu sei que a vida do astrônomo real não deve ter nada a ver com o meu imaginário. 

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sobre ela e eu


Eu e minha irmã, a gente é assim, grudadinha, mesmo com o oceano Atlântico e quase um continente inteiro entre nós. Um amor assim, transcedental, de quem nasceu do mesmo ventre, viveu criança embaixo do mesmo teto, aprendeu o significado da palavra cumplicidade e virou mulher junta. Trocou olhares, risos, tapas, lágrimas, silêncios, brincadeiras e brinquedos. Dividiu segredos mil, dormiu junto na cama da outra, trocou de cama e de quarto. Acordou a outra de madrugada pra conversar, chorar, ou simplesmente ajudar o mundo a parar de rodar tão descontroladamente.
A vida decidiu nos separar fisicamente, mas foi gentil em fazer isso aos poucos. Primeiro veio São Paulo, onde ela nasceu, mas eu fui explorar por ela. Antes mesmo de eu saber que a minha vida ia mudar completamente, ela mudou a dela. Foi embora conquistar a Europa, virou mestre, quer ser doutora, vai ser mãe. E eu vou ser tia.

Hoje ele(a) tem 2 milímetros. O coraçãozinho bate e através do olhar da minha irmã eu consigo ouví-lo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Folhas de chá

San Francisco tem restaurantes incríveis, com culinárias de praticamente todo canto do planeta.
Tenho vários preferidos, uma lista. Um que a gente adora mas vai bem pouco é o Burma Superstar.
O restaurante fica na Clement St, uma rua bem legal, porém um pouco "longinha" de casa. Mas a gente vai pouco mesmo é porque está sempre lotado. Eles não fazem reserva, e o melhor esquema é ir no almo-janta, tipo 5:30/6:00 quando a casa abre. Ou então ir já sabendo que vai esperar. O legal é que você dá seu nome e telefone e vai tomar uma cervejinha por alí. Eles te ligam quando sua mesa fica pronta. É bem simples e pequenino, os preços são ótimos, e a comida, tradicional birmanesa, é uma loucura.















A Tea leaf salad, salada de folhas de chá, é simplesmente algo fora do normal.  Eles realmente trazem um tal chá secreto da Birmânia que tem um gosto só dele. Na minha opinião, é o qua há de melhor! Fico até nervosa só de pensar...

   
Burmese cooler: Cerveja com limão e gengibre. Bem levinha e refrescante :-)
 
Burmese Samusas: bolinhos de batata com curry spices. Pra ser sincera acho as samusas de um paquistanês (da lista dos preferidos) melhores, mas estas continuam sendo deliciosas.
 
Nan Pia Dok: pra comer gritando, com frango e um curry de côco.


 
Pumpkin Shrimp: dizem que é muito bom. Eu, tenho alergia! 

Na verdade, tudo lá é muito bom, e vegetariano também pode fazer a festa. Acho que vale bem a pena o perrengue da espera.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

na falta do açaí

Unsweetened soy green tea latte frapuccino.

Bem gelado, verde e gostoso :-)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

LA

Passei 4 dias em Los Angeles, a cidade moldada pelos bisturis e stripmalls.
Hotel na beira da praia, piscina, jacuzzi, passeios, amigos, chops e jantares. Delícia.
Bom começo de férias.
Infelizmente não encontrei um jeito de colocar a camareira do hotel dentro da mala.
Fui embora sem o roupão cheirosinho, peguei uma van, um avião, um metrô e um ônibus.
Subi o morro, a escadaria e voltei a realidade.
Ufa, ainda bem!

PS: Fiz 31 anos. Até hoje não aprendi a escrever. Mas aprendi a ser bem atrevida.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Essas coisas de San Francisco

Segunda-feira foi feriado: Memorial Day.
A marca do início do verão e o dia nacional do churrasco.



Saímos de casa num sol lindo e andamos até o pier 41. De lá pegamos o ferry-boat, e seguimos de balsa para Angel Island. Meia horinha depois chegamos a uma ilhota ali no meio da baia, sem casas ou residentes, um parque estadual.
Pronto. Delícia. Trilha no meio do mato, sol e sombra. Um picinic com vista espetacular: Marin County de um lado, Golden Gate na frente, San Francisco linda e exibida do outro. Dava meio que pra ver nossa casa lá de cima, um luxo só. Depois descemos por outra trilha, assistindo o fog cobrir San Francisco completamente. Pegamos o barco de volta, cruzando veleiros e tomando uma cervejinha gelada. Eba!
E assim começou o verão.



PS: Na verdade Memorial Day é um feriado em homenagem aos soldados que perderam suas vidas lutando pelo país. A relação dos americanos com seus soldados em geral é muito forte, mas de um jeito que me deixa meio maluca. Melhor fugir dessas comemorações, pra evitar que minha veia política salte para fora e eu resolva gritar pro mundo minhas indignações.
PS2: O dia de finados não existe por aqui.

domingo, 16 de maio de 2010

coisa de menina



Quando o assunto é vaidade, sou meio menina-menino.
Nunca me maqueio e às vezes como as unhas. Sempre mantive longe o secador de cabelo e não tenho ferro de passar. Acho uma loucura colocar um salto e ficar subindo morro feito doida o dia todo; vivo de tênis. Uso o mesmo par de brincos há 15 anos, eu sei, é uma vergonha. Troco o anel quando perco o velho. Tenho um armário transbordando, onde minhas saias e vestidos se perdem, e acabo sempre usando a mesma jaqueta surrada. E confesso que no dia a dia acho que prefiro muito mais o conforto à vaidade.

Afe, era muito mais fácil ser uma menina-menino-bonita aos 20. Na nova década tá ficando cada vez mais difícil. Tenho sentido mais vontade de ser mocinha. Mas é fogo manter em dia a depilação, a sombrancelha, as mãos e os pés por aqui. Ando me esforçando bastante. Tenho amigas que fazem as unhas em 3 minutos, até francesinha fazem em casa. Como não possuo essas aptidões manuais at all, fico colhendo dicas desssas mesmas amigas pra facilitar a vida na terra-sem-manicure.

Pensando nas pessoas como eu, que passam um perrengue pra se manterem mocinhas, resolvi dividir minha "extensa" pesquisa. Pronto, aí vai!

- Pago um pouco mais por um esmalte bom. Vale a pena.
- Dou preferência aos esmaltes mais grossos. Sally Hansen tem uma coleção "hard as wraps" que é muito mais fácil de pintar. (E hoje descobri a "complete salon manicure", da mesma marca, com pincel retangular - um escândalo!)
- Pinto as unhas sobre a mesa, com a mão a ser pintada apoiada na pontinha. Muda tudo.
- Pinto, espero 10 minutos (não meia hora) e tomo um banho. As sobrinhas vão todas embora no chuveiro.
- Abuso das tecnologias como caneta-corretiva-pra-limpar-os-cantinhos, pra tirar o que insistiu em ficar depois do banho.
- Sempre uso óleo secante, sou absolutamente estabanada.
- Um bom extra-brilho brasileiro conserta quase tudo nessa vida.

E, o mais importante, desisti de comparar o meu "serviço" com o daquelas manicures brasileiras (especialmente as de BH). Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O dito e o feito

Eu queria uma horta, mas faltava o jardim.
Queria correr todo dia de manhã, mas me faltavam os ligamentos.
Queria levantar mais cedo, mas não tinha como desgrudar do seu corpo.
Queria escrever mais, mas faltava coragem de olhar no espelho.

Daí, um dia, acordei, e descobri.

Descobri que metáfora não precisa ser escrita na literatura. Que a gente pode usar na vida. Que, por ser metáfora, precisa ser interpretado de uma forma ou de outra. E que, muitas vezes, as minhas próprias mãos podem fazer. Pode não sair aquilo que eu tanto sonhava, mas fui eu que fiz.

E descobri que, já que falei, acho bom fazer.




domingo, 18 de abril de 2010

Do avesso


Não quero ficar só falando de cinema, mas sempre que vejo um filme brilhante fico com desejo de me expressar.
"Exit through the gift shop" era para ser um documentário sobre street art nos anos 90, dirigido por um francês compulsivo, e passou a ser sobre um francês compulsivo, dirigido por um dos maiores nomes da street art mundial, o Bansky.
E depois da inversão completa do seu primeiro corte, se tornou uma crítica séria porém descontraída sobre pop art em geral (além de um filme divertidíssimo, daqueles de sair realizado do cinema, depois de muitas risadas).
Me fez lembrar que às vezes é bem bom inverter as coisas, trocar de lugar, mudar o foco. Mesmo dentro do mesmo projeto de vida.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Depois da chuva...

...meu primeiro botão.
Aqui, na minha varanda.
Uff. Faz a gente pensar tudo de novo. Do começo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Das weisse band, 2009


Duas horas na menor sala de cinema de San Francisco, em preto e branco.
Uma vila no interior da Alemanha, poucos anos antes da primeira guerra.
Uma coisa assim, simples porém a mais complexa dos últimos tempos.
As crianças cerimoniosas, as vezes quase inexpressivas. Os adultos duros, secos, intensos.
Um elenco equilibrado, onde todas as performances são muito boas, mas um ator não se sobressai perante o outro.
Alguns enquadramentos ousados, lindos, que mostram somente o que se precisa ver, e de onde se tiram aqueles sentimentos extremos que um filme pode passar a sua audiência.
Uma cena onde o ator segura o choro e você agarra a cadeira com as unhas.
O lado negro do ser humano escancarado em todos os personagens, porém sempre mostrando, em gestos simples, a multi-dimensionalidade de cada um.
Um masterpiece :-)
Obrigada, Haneke. Não é à toa que você ganhou a Palma de Ouro.

domingo, 21 de março de 2010

I am getting ready to say goodbye to my bay windows
and to welcome the ocean view...

sexta-feira, 19 de março de 2010

ALIEN #


Só agora pensei nisso. Tenho um Alien Number.
E sou mega-privilegiada! OK, sou um E.T., porém um E.T. categorizado, contabilizado, portanto: legal.



ps: quando dei um google em Alien, encontrei essa foto. Whatever that means...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Agora é lei

Adoro o senso eco-correto desta cidade. (especialmente depois de 3 meses no Rio de Janeiro!)


A prefeitura bateu na porta de casa e me deixou um lixinho.
Não basta mais reciclar, tem que "compostar".
Oba!

quinta-feira, 4 de março de 2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Malas prontas...

... e uma leveza sem fim.
Amanhã, quando você acordar, estarei ao seu lado.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pra se contentar

Na minha última folga, achei que queria estar em Berlim, assistindo Metropolis remasterizada na telona montada em frente ao portão de Brandemburgo. Daí fui a praia e entrei no mar e ficou tudo bem de novo.
Hoje não é folga e não tem praia, mas hoje tenho internet wireless em casa e escrevo da cama. No ar condicionado. Tá tudo bem de novo.




E claro, fica tudo mais fácil quando vc sabe que volta pra casa em uma semana.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ditadura da alegria

"Penso que o carnaval de rua é a festa mais democrática da cidade, desde que você participe do carnaval de rua, senão..."
(Arthur Dapieve)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Os dias são longos e as noites curtas. E ainda nem comecei a acordar as 4 da manhã...
Deixo aqui a vista privilegiadíssima do morro Dona Marta...

domingo, 10 de janeiro de 2010




Minha loucura ainda está longe de acabar. E no meio de tudo já teve mudança temporária pro Rio de Janeiro, Natal em BH e reveillon na Bahia. E passei a preencher 2010 nos cronogramas, planos, e mails.
Agora estou aqui, naquele esquema carioca "já sai suando do banho", que foi uma delícia nos primeiros dias, depois cansou.

Passei pra deixar um sinal de fumaça, se é que ainda resta alguém por aí.

ps: foto da lua cheia, última de 2009 que me encheu os olhos de lágrimas.